Memórias afetivas em constante processo de montagem

Em certo momento, a narradora de A família que devorou seus homens (Tabla, 2023), da escritora síria Dima Wannus, compra uma câmera a fim de registrar as recordações familiares da mãe, com quem vive.

A princípio, a geografia é imprecisa: ora as lembranças se passam em Damasco, ora em Beirute, Paris ou Londres. Aos poucos, os contornos, embora instáveis, ficam mais concretos e vão delineando as figuras femininas daquela família: além da mãe e da narradora, a tia, as duas primas e a prima-sobrinha. Os fios da memória chegam até a Armênia e a Turquia, passam por amores perdidos e se esfacelam no ‘não lugar’ de uma guerra.

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