Sobre: Maria Fernanda Vomero

Maria Fernanda Vomero é jornalista, performer e doutora em Artes Cênicas (na área de Pedagogia do Teatro) pela Universidade de São Paulo, com uma pesquisa sobre processos cênicos, território e experiência micropolítica na América Latina. No mestrado, realizado na mesma instituição, debruçou-se sobre as experiências teatrais realizadas na Palestina. Tem especialização em Documental Creativo pela Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), Espanha, e graduação em Jornalismo pela USP. Trabalhou como curadora das Ações Pedagógicas da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo de 2015 a 2020. Atua como provocadora cênica em diversos coletivos teatrais da cidade de São Paulo desde 2014. Como jornalista, foi repórter e editora da Superinteressante; editora-chefe da Revista das Religiões e editora da Bravo!, quando trabalhou na Editora Abril (1999-2007), além de ter colaborado com diversas outras publicações. É autora e intérprete de conferências performáticas, apresentadas em São Paulo, Santiago (Chile), Cidade do México e Oaxaca (México). Escreveu o livro A DIGNA 10 anos (2022) sobre a trajetória artística do coletivo teatral paulistano A Digna, publicado dentro das ações contempladas na 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Além disso, trabalha como mediadora de debates, redatora freelancer e resenhista em teatro e literatura.

A humanidade perdida

Reflexões a respeito das peças “Sobre o Conceito de Rosto no Filho de Deus” e “Gólgota Picnic” da 1ª MITsp   O termo “escatologia” tem dois significados dissonantes – pode referir-se tanto ao “tratado acerca dos excrementos”, no campo médico, quanto ao “estudo sobre o Continue lendo →

Representação emancipada

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“Assim, a questão ‘texto e cena’ se mostra pouco pertinente. Não se trata mais de saber qual elemento vai prevalecer sobre o outro (o texto ou a cena). A relação entre eles pode nem mesmo ser pensada em termos de união ou subordinação. É uma competição, uma contradição que se revela diante de nós, espectadores. Sendo assim, a teatralidade não é apenas essa ‘espessura de signos’ da qual nos falou Roland Barthes. Ela é também o deslocamento desses signos, sua combinação impossível, seu confronto sob o olhar do espectador desta representação emancipada.”

Bernard Dort (1929-1994), A Representação Emancipada

O jogo do poder e seus sacrifícios

Acompanhei avidamente as primeiras eleições diretas pós-ditadura. Ainda não podia votar – tinha 14 anos –, tampouco compreendia muito bem os meandros da política, das composições partidárias, da tão falada e celebrada democracia. Mesmo assim, com certa ingenuidade e muito ânimo, eu partilhava daquele sentimento Continue lendo →

Início de ano vigoroso nos palcos paulistanos

A temporada teatral de 2014 começou com estreias e reestreias importantes. Como ainda não havia retomado o Jogo de Cena, não tive oportunidade de escrever sobre algumas peças excelentes que passaram pela cidade e já saíram de cartaz. Por isso, destaco aqui, rapidamente, quatro espetáculos Continue lendo →