Não, não há salvação

As imagens que se estabelecem no palco são tão instigantes e incômodas quanto a literatura de Hilda Hilst (1930-2004). Despertam curiosidade, estranhamento e um certo estupor. Em um transparente tanque de água, um homem se encontra submerso em posição fetal. Um pouco mais atrás, na Continue lendo →

O teatro que nos move

Uma análise bastante subjetiva dos rastros deixados pela 1ª MITsp   A 1ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo começou para mim na quarta-feira 5 de março, quando me encontrei pela primeira vez com o encenador inglês Simon McBurney, cofundador e atual diretor artístico Continue lendo →

A humanidade perdida

Reflexões a respeito das peças “Sobre o Conceito de Rosto no Filho de Deus” e “Gólgota Picnic” da 1ª MITsp   O termo “escatologia” tem dois significados dissonantes – pode referir-se tanto ao “tratado acerca dos excrementos”, no campo médico, quanto ao “estudo sobre o Continue lendo →

Representação emancipada

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“Assim, a questão ‘texto e cena’ se mostra pouco pertinente. Não se trata mais de saber qual elemento vai prevalecer sobre o outro (o texto ou a cena). A relação entre eles pode nem mesmo ser pensada em termos de união ou subordinação. É uma competição, uma contradição que se revela diante de nós, espectadores. Sendo assim, a teatralidade não é apenas essa ‘espessura de signos’ da qual nos falou Roland Barthes. Ela é também o deslocamento desses signos, sua combinação impossível, seu confronto sob o olhar do espectador desta representação emancipada.”

Bernard Dort (1929-1994), A Representação Emancipada