Os íngremes caminhos da arte

Perguntássemos à Menina o que de fato morreu – se o teatro? a arte pela arte? o refinamento das criações? os mecenas? – e ouviríamos dela uma incômoda resposta, precedida por uma sonora risada. Acharíamos sua atitude insolente, ou talvez petulante, rancorosa talvez; é possível Continue lendo →

Uma mulher contra o patriarcado

A companhia gaúcha Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz comemora seus 35 anos de trajetória com a estreia do espetáculo Medeia Vozes, baseado no romance homônimo da alemã Christa Wolf (1929-2011). Wolf traz uma versão mais antiga e desconhecida do mito de Medeia, bastante diferente Continue lendo →

Festa à la Manoel de Barros

Convidado a escrever suas memórias, o poeta sul-matogrossense Manoel de Barros (1916) respondeu que “só tinha memória infantil”. Acabou preparando, então, três volumes autobiográficos, entitulados Memórias Inventadas e dedicados às suas três infâncias: a meninice, a mocidade e a velhice. Os volumes vêm numa caixinha e, em Continue lendo →

O lado sombrio da humanidade

Quais as origens e os limites da crueldade humana? Diante da barbárie, as palavras sucumbem. As lágrimas sucumbem. O sentido, se há algum, se esvai. Tristeza e estupefação: como somos capazes? Diante da barbárie, brota caótica e desprevenida a urgência da responsabilidade: temos o dever Continue lendo →